A Polícia Militar de Niquelândia, recebeu informações do Comando de Operações de Divisas (COD) da região Norte, através do comandante da equipe, de que uma pessoa identificada como Ronaldo de Oliveira, de 45 anos, estava com um mandado de prisão em aberto, expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pela prática de crimes no Distrito Federal estaria escondido em qualquer região, inclusive Niquelândia.
Diante das informações, o Grupo de Patrulhamento Tático de Niquelândia (GPT-NIQ) intensificou o patrulhamento pela cidade e região e descobriu que Ronaldo de Oliveira havia passado alguns dias em uma chácara na Água Parada – na região da Baunilha – e estava conduzindo uma caminhonete Hilux de cor vermelha, em Niquelândia, confirmando as suspeitas do comandante do COD Norte repassadas aos militares desta cidade.
Na manhã dessa segunda-feira, 12 de abril, por volta das 8:00 horas, quando a equipe do GPT realizava patrulhamento pela Avenida Contorno, os avistaram uma caminhonete idêntica à que Ronaldo de Oliveira estaria dirigindo, o que motivou a abordagem. Ao checar os dados do condutor do referido veículo, ficou constatado se tratar de Ronaldo, momento este que ele recebeu voz de prisão e foi conduzido ao Centro de Inserção Social (CIS) de Niquelândia, onde se encontra a disposição da justiça.
Segundo as informações do Registro de Atendimento Integrado (RAI 18997358), os policiais haviam realizado buscas nos povoados de Niquelândia, priorizando a região de Buriti Alto, uma vez que Ronaldo de Oliveira tinha construído um posto de combustíveis na cidade de Mimoso de Goiás, que seria um ponto de apoio ao mesmo, para uma possível fuga, já que o local daria acesso a outras regiões e estados como Bahia e Tocantins, municípios goianos e Distrito Federal.
Segundo o G1-DF, Ronaldo de Oliveira é acusado de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica do extinto Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). Segundo as investigações da Polícia Civil, o prejuízo aos cofres públicos foi superior a R$ 1 bilhão. Ronaldo era dirigente de uma cooperativa e, de acordo com o Ministério Público do DF, participou de fraudes no órgão.
O esquema foi desmantelado pela operação Trickster, deflagrada em 2018.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público do DF, o empresário é acusado de corrupção por dezoito vezes. Segundo as investigações, junto a outros dirigentes de cooperativas de transporte público, ele gerava créditos fraudulentos de passe livre, fazendo com que os cofres públicos pagassem por viagens que não ocorreram.
Operação Trickster
Na primeira fase da operação Trickster, foram expedidos 45 mandados de prisão temporária de envolvidos no esquema. Entre os alvos estavam empresários e servidores do órgão.
As investigações apontaram diversos tipos de fraudes no passe livre e vale transporte. A operação e as denúncias de corrupção foram alguns dos motivos que levaram o governador Ibaneis Rocha (MDB) a extinguir o DFTrans. Desde julho do ano passado, o sistema de bilhetagem eletrônica da capital é operado pelo Banco de Brasília (BRB).
A reportagem do Plantão de Notícias 24 Horas não conseguiu o contato da defesa do preso, mas o espaço está aberto, caso esta queira se pronunciar sobre a prisão de seu cliente na manhã desta segunda-feira, na Avenida Contorno, setor Boa Vista, em Niquelândia.