Yara Martins, apontada pela polícia como cúmplice na morte do empresário Carlos Luiz de Sá, de 53 anos, mudou a versão do seu depoimento, quando afirmou ter ajudado no crime, e disse que tentou separar a briga entre o namorado e a vítima.
Ela e Vinícius Valentim da Silva Batista, foram presos pela Polícia Militar após confessarem a autoria do assassinato. O caso ocorreu em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. “Ele [Vinícius] disse que ia na frente, que ia ser do jeito dele, e depois ele me chamava. Quando eu cheguei e vi, ele já estava com a faca na mão”, confessou em depoimento.
Ela relatou que Vinícius estava no banco do passageiro e a vítima no banco do motorista, quando começaram a discutir e iniciaram uma luta corporal, dentro do carro. Nesse momento, o suspeito desferiu facadas na vítima. “Quando eu olhei, ele já tinha cravado a faca no peito do Luiz”, detalhou Yara. Segundo o relato, após ser ferido, o empresário chegou a se debater.
Em entrevista à TV Anhanguera, o delegado responsável pelo caso, Douglas Pedrosa, afirmou que o casal entrou em contradição várias vezes. O depoimento dos dois, que, inicialmente, era o mesmo, começou a divergir.
Sobre o caso
O empresário foi morto a facadas após ser filmado saindo da própria padaria, em Trindade. Ele estava desaparecido desde terça-feira (25). A Polícia Militar encontrou o corpo do homem dois dias depois, em um loteamento próximo à GO-020, em Senador Canedo.
Os familiares informaram à TV Anhanguera que a vítima havia dito que iria para a igreja, mas, depois disso, não foi mais encontrada. Na quarta-feira (26), o carro do empresário foi localizado no município de Inhumas.
O ex-funcionário Vinícius Valentim da Silva Batista e a namorada dele, Yara Martins, são os principais suspeitos de cometer o crime. Os dois foram presos pela Polícia Militar após confessarem o crime, na quinta-feira (27), em Uruaçu.
Após serem localizados e presos, o casal indicou à polícia o local onde haviam deixado o corpo do empresário. Os dois foram autuados por homicídio e ocultação de cadáver. A irmã do suspeito, de 15 anos, também foi apreendida. No entanto, a polícia acredita que a menor foi coagida para participar do crime.
Para a Polícia Militar, o investigado disse que cometeu o homicídio como “prova de amor”, após sua namorada descobrir que ele mantinha um relacionamento com o empresário Carlos Luiz de Sá.
Em depoimento, Yara Martins, apontada pela polícia como cúmplice, confirmou que terminou o relacionamento ao descobrir a relação do namorado com o empresário. “Ele queria, de alguma forma, voltar comigo. Então, me disse que cometeria o crime para provar que me amava”, afirmou a mulher.
Segundo ela, o suspeito atraiu Carlos Luiz até o local do crime, enquanto ela aguardava escondida. “Minha participação foi tentar segurar [o empresário]. Tanto que eu também levei um golpe de faca”, relatou a mulher.
As investigações apontam para um latrocínio, quando há roubo seguido de morte. O delegado afirmou que existiu uma relação entre o suspeito e a vítima, inicialmente, mas depois o empresário começou a ser extorquido. “A última extorsão não deu certo e acabou culminando na morte da vítima”, explicou.
Quem era
O empresário assassinado é Carlos Luiz de Sá, de 53 anos. Ele era proprietário de uma padaria conhecida na cidade de Trindade, local onde foi visto pela última vez na terça-feira (25).
*Portal G1 de Goiás