A família de Fábio Sabino de Sousa de 51 anos – homem que foi morto a tiros pelo marido de uma juíza em um condomínio no lago de Serra da Mesa, em Niquelândia – contesta a versão dada por Francisco Canindé à polícia. Assassino confesso, o marido da magistrada argumentou que a vítima teria invadido a chácara dele, em Niquelândia, no norte goiano.
Após o crime, que aconteceu na madrugada do último domingo, 15 de setembro, Fábio Canindé fugiu de Niquelândia para Anápolis onde mora. Ele chegou a ser preso, mas foi solto após audiência de custódia e o pagamento de fiança no valor de R$ 10 mil.
De acordo com a decisão que o colocou em liberdade, “o custodiado não possui antecedentes criminais e alegou ter agido em suposta legítima defesa. É certo que foi a vítima quem invadiu a casa do custodiado”.
Francisco Canindé é marido da juíza Edna Maria Ramos da Hora, titular da vara criminal de Anápolis e atual responsável pela 144ª Zona Eleitoral. Eles estavam numa propriedade da família na noite do crime. Após o ocorrido, a juíza teria ligado para a Polícia Militar de Niquelândia, onde relatou que seu marido e seu filho haviam desaparecidos.
Quando os policiais chegaram no condomínio, depararam com Fábio morto. Ao conversar com a juíza, ela disse que tinha ouvido barulho de um tiro, e ela achava que seu marido tinha se envolvido na ocorrência. Os policiais verificaram na câmera de vigilância no portão do condomínio, e constatou que o marido e o filho da magistrada haviam deixado o local.
Os policiais entraram em contato com a Polícia Militar de Anápolis, que fizeram a prisão de Francisco e seu filho, onde ambos confessaram o crime. O filho disse que estava com o pai quando ele atirou contra Fábio, mesma versão apresentado por Francisco, que alegou ter tido sua propriedade invadida por Fábio, e que eles não se conhecem.
De acordo com familiares de Fábio Sabino, ele estava no rancho de um amigo e momentos antes de ser morto pelo marido da juíza. Segundo familiares, ele estaria em um bar que fica localizado dentro do condomínio. Um primo da vítima afirmou que o parente estava embriagado, desarmado e não tinha condições de invadir uma chácara, em razão do estado alcoólico.
Segundo o primo, Fábio foi morto com um tiro no rosto, que saiu na nuca. “Ele foi morto por volta das 23h, mas o corpo só foi encontrado durante a madrugada, quando outras pessoas viram o cadáver e acionaram a polícia”, afirmou o familiar.
Ainda de acordo com ele, o corpo da vítima estava em lote baldio a cerca de 800 metros de distância da chácara onde teria sido morto.
“Sabemos que, em breve, as provas aparecerão e mostrarão as mentiras prestadas em depoimentos pelo autor. E, enquanto isso, continuaremos aguardando pacientemente pelo término do inquérito policial. Clamamos que a justiça na terra seja feita. Jamais nos esqueceremos de você, Fábio”, disse a família em nota.
De acordo com o advogado do suspeito, Matheus Moreira Borges, a reação dele foi “motivada pela necessidade de proteger seus entes queridos, especialmente seu neto, uma vez que ele nunca havia tido qualquer contato anterior com a vítima”.
Na decisão da Justiça, o ocorrido foi narrado com base no depoimento de Canindé. Na audiência de custódia, ele afirmou que estava no rancho da família quando ouviu o neto gritar. Ao checar o que estava acontecendo, encontrou o menino de 9 anos agarrado à perna do pai, que é filho do suspeito.
Ao explicar esse momento no boletim de ocorrência, a Polícia Militar afirma que o suspeito teria encontrado a vítima “arrastando seu neto de 9 anos pelo braço”. “Quando o autor viu, foi em direção ao homem desconhecido e este pulou o muro de volta e saiu correndo e que o autor correu atrás e o alcançou”, narrou a decisão sobre o relato da PM.
Já à Justiça, o suspeito disse ao ouvir o neto gritando, encontrou o filho falando com a vítima, que teria invadido a chácara. O suspeito ainda afirmou que, em seguida, foi ao quarto pegar uma arma. Ele ainda afirmou na audiência que saiu pelo portão do condomínio com o objetivo de tirar a vítima de dentro do local.
Disse ainda que “acabou disparando” nela depois que ela avançou para cima dele. “[Disse que] em determinado momento, quando já tinham andado, cerca de 150 metros, descontrolado, o homem avançou em direção ao interrogado, que não sabe precisar como e nem o momento exato, a arma que tem um gatilho muito leve, acabou disparando, ocasião em que aquele homem veio a cair”, narrou a decisão sobre o relato do suspeito.
*Informações do portal Metropoles
O brasil e sem lei …as pessoas matão e paga dez mil e sair da cadeia e a família a da vítima como fica dinheiro nem um paga uma vida … E só deus pode tira a vida ..mais ninguém .