O homem que entregou à polícia Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO da empresa de convênios médicos UnitedHealthcare na quarta (4), pode não receber a recompensa de US$ 60 mil (R$ 354 mil, em cotação desta quinta) oferecida pelas autoridades.
Após o assassinato de Brian Thompson em Nova York, o atirador fugiu, o que iniciou uma caçada pelo país. Inicialmente, o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) ofereceu uma recompensa de US$ 10 mil (R$ 59 mil) a quem tivesse informações que levassem à sua prisão. Na sexta (6), a polícia federal americana (FBI) anunciou uma bonificação extra de US$ 50 mil (R$ 295 mil).
O engenheiro de dados Luigi Mangione foi identificado como suspeito antes da prisão, através de imagens de câmeras de segurança dos arredores do crime e de suas redes sociais. Com a divulgação de seu retrato pelas autoridades, ele foi identificado em um McDonald’s em Altoona, no estado da Pensilvânia.
Um funcionário da loja ligou para o número 911, a central de emergência dos EUA, para informar que Mangione estava no local. O acusado de 26 anos foi preso preventivamente e promotores de Manhattan entraram com queixas formais contra ele por homicídio, entre outros crimes, na segunda (9). Ele segue em centro de detenção da Pensilvânia, onde foi acusado também por posse ilegal de armas, falsificação de documentos e falsidade ideológica ao se identificar à polícia.
QUANDO DELATOR VAI RECEBER O DINHEIRO?
Apesar de a denúncia do funcionário do McDonald’s ter levado à prisão de Mangione, não está claro se o homem receberá a recompensa. Tanto o FBI como a polícia de Nova York têm regras rígidas em relação a estes pagamentos. No caso do FBI, recompensas são entregues apenas em caso de condenação e não apenas de prisão, segundo a Newsweek.
Ou seja, para um pagamento acontecer, Mangione terá que ser extraditado de Nova York para a Pensilvânia, levado a julgamento e condenado primeiro. A defesa dele já indicou ao jornal The New York Times que contestará a extradição, o que exigirá uma audiência com o juiz em que as autoridades serão obrigadas a apresentar provas de que ele é, de fato, a pessoa procurada pelo crime.
Da Folhapress | Foto: Reprodução