Sírios foram às ruas em Damasco, para protestar contra um massacre atribuído às forças de segurança do novo governo, que já deixou milhares de mortos. O governo, por sua vez, alega que os ataques foram provocados por um levante de remanescentes do regime do ditador Bashar al-Assad, que foi desposto em dezembro.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR, na sigla em inglês) — entidade sediada no Reino Unido que monitora os acontecimentos na Síria — disse que cerca de 745 civis foram mortos em cerca de 30 massacres contra alauítas na sexta-feira. Um grupo apoia o ex-ditador.
A violência teria levado centenas de pessoas a fugirem de suas casas nas províncias costeiras de Latakia e Tartus, regiões que também são redutos do ex-ditador.
“Isso é traição. Todas as religiões, nossa religião e todas as religiões e todas as pessoas sábias não aceitam a traição. A traição é a característica dos fracos. Coragem é construir o país”, disse um dos manifestantes a agência Associated Press.
O massacre já é tido como um dos atos de violência mais mortais desde que o conflito na Síria começou há 14 anos. As agências Associated Press e Reuters não conseguiram verificar as alegações das forças de segurança de forma independente.
Em comunicado, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, pediu às autoridades sírias que responsabilizem os “terroristas islâmicos radicais”. (leia mais)
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, disse estar “profundamente alarmado” com “relatos muito preocupantes de vítimas civis” nas áreas costeiras da Síria e pediu que todas as partes se abstivessem de ações que pudessem “desestabilizar” o país. *Portal G1 Internacional.