A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou na última quarta-feira, 30, um novo boletim epidemiológico que acende o alerta para o aumento na gravidade dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado.
Embora o número de notificações tenha diminuído em relação a 2024, a taxa de mortalidade subiu: nas primeiras 17 semanas de 2025, foram registrados 3.218 casos e 178 óbitos, contra 2.726 casos e 159 mortes no mesmo período do ano passado.
O dado preocupa especialmente porque a cobertura vacinal contra a Influenza – uma das principais causas da SRAG – está em apenas 48,67% em Goiás, bem abaixo da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. O índice estadual também fica abaixo da média nacional, que é de 55,19%.
Até agora, o estado recebeu 672 mil doses da vacina trivalente (que protege contra as cepas H1N1, H3N2 e B), mas a adesão da população segue baixa. A SES-GO reforça que a imunização está disponível em mais de 900 salas de vacinação distribuídas pelos 246 municípios goianos.
Além da vacina, a pasta orienta a adoção de medidas preventivas, como:
– Uso de máscara em caso de sintomas respiratórios
– Higienização frequente das mãos
– Evitar aglomerações
– Isolamento imediato ao apresentar sinais gripais
– Busca por atendimento médico se houver piora do quadro
“O aumento na letalidade da SRAG exige atenção redobrada, principalmente entre grupos de risco, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades”, alertou a secretaria em nota.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma condição clínica caracterizada por sintomas intensos, como febre alta, tosse persistente e dificuldade para respirar, muitas vezes exigindo hospitalização. Pode ser causada por vírus como Influenza, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e SARS-CoV-2 (Covid-19). Entre os sinais de alerta estão:
– Baixa saturação de oxigênio no sangue
– Desconforto respiratório agudo
– Piora repentina do estado geral
Em crianças, sintomas como tiragem intercostal (esforço para respirar), desconforto nasal e desidratação também indicam gravidade. Apesar da disponibilidade de doses, a baixa procura pela vacinação contra a Influenza tem sido um desafio.
O estado deve receber mais 2,8 milhões de doses ao longo da campanha, mas autoridades reforçam a necessidade de maior engajamento da população. “É fundamental que as pessoas se conscientizem sobre a importância da vacina, principalmente agora, com o aumento de casos graves e óbitos”, destacou a SES-GO.
*Poder Goiás