Agrodefesa prorroga até 25 de junho o prazo para vacinação obrigatória contra raiva dos herbívoros em Goiás
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) prorrogou até o dia 25 de junho o prazo da última campanha obrigatória de vacinação contra a raiva dos herbívoros em Goiás. A imunização dos rebanhos nos 119 municípios classificados como de alto risco para a doença estava prevista para terminar no próximo domingo (15/06), mas agora ganhará mais 10 dias no calendário.
A medida visa garantir maior adesão dos produtores rurais goianos à campanha, considerando relatos pontuais de dificuldade na aquisição de vacinas em algumas localidades. Devem ser vacinados animais de todas as idades das espécies bovina, bubalina, equídea (equina, muar e asinina), caprina e ovina. Esta é a última etapa da vacinação obrigatória, conforme estabelecido pela Portaria nº 246/2025.
A partir de julho, a imunização contra a raiva passa a ter caráter estratégico, sendo exigida apenas em propriedades com foco confirmado da doença e recomendada em áreas perifocais, num raio de até 12 quilômetros do foco, conforme a Instrução Normativa nº 01/2025.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, explica que a decisão pela prorrogação busca ampliar as oportunidades para que os produtores cumpram suas obrigações sanitárias sem penalidades. “Recebemos algumas sinalizações de dificuldades na compra das vacinas, o que nos motivou a estender o prazo. Nosso objetivo é garantir a cobertura vacinal sem comprometer a logística dos pecuaristas, especialmente nos municípios mais distantes”, destaca.
Ele reforça que mesmo com o fim da obrigatoriedade, a vacinação continua sendo a principal forma de prevenção. “A raiva é uma zoonose com alto índice de letalidade. Proteger os rebanhos é proteger também a saúde das pessoas”, completa.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros da Agrodefesa, Nara Cristiane de Souza, ressalta que a adesão dos produtores nesta etapa final é fundamental para consolidar os avanços no controle da doença.
“Com a mudança no status da vacinação, é essencial que os produtores aproveitem essa última obrigatoriedade para garantir que seus rebanhos estejam protegidos. Estamos entrando em uma nova fase do programa, mais direcionada e estratégica, e a participação ativa agora é decisiva para mantermos os bons índices sanitários no Estado”, afirma.
Imunizantes
As vacinas devem ser adquiridas em revendas cadastradas junto à Agrodefesa, que seguem monitoramento semanal do Serviço Veterinário Oficial. A fiscalização observa critérios técnicos e legais, especialmente quanto ao armazenamento e rastreabilidade dos produtos.
“A responsabilidade das revendas é fundamental para o sucesso da campanha. Nossa equipe segue acompanhando de perto todo o processo para garantir que os produtores tenham acesso ao imunizante com qualidade e segurança”, ressalta o diretor de Defesa Agropecuária da Agência, Rafael Vieira.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, destaca que a prorrogação da vacinação não altera o calendário da declaração de rebanho, que segue obrigatória e deve ser feita até 30 de junho por todos os produtores dos 246 municípios goianos.
“A declaração precisa ser realizada no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), com informações atualizadas sobre nascimentos, mortes e evolução dos animais. Esse é um instrumento essencial para o monitoramento da saúde animal em Goiás”, pontua.
Denise reforça ainda o papel estratégico das ações de defesa agropecuária para a credibilidade da pecuária goiana.
“Goiás é um dos estados mais respeitados do país quando o assunto é sanidade animal. Isso se deve ao comprometimento dos produtores e ao trabalho técnico dos nossos servidores. A vacinação e a declaração de rebanho são pilares desse sistema de confiança e precisam continuar sendo tratados com a seriedade que merecem”, afirma.
Em caso de dúvidas, os produtores podem procurar as unidades locais da Agrodefesa ou entrar em contato pelo telefone 0800 646 1122.
*Agência Goiana de Defesa Agropecuária
