Mensagens atribuídas ao Comando Vermelho (CV) e ao Primeiro Comando da Capital (PCC) começaram a circular nas redes sociais, indicando o rompimento definitivo da aliança. A trégua ocorre dois meses após indícios de uma articulação de paz entre as duas maiores facções criminosas do país.
Os textos, conhecidos como “salves” — comunicados internos que funcionam como ordens ou informes oficiais dentro das organizações — confirmam o fim do acordo e reforçam o clima de tensão em vários estados. Fontes do Ministério Público de São Paulo (MPSP) confirmaram à reportagem que os conteúdos são autênticos e que circulam em diferentes regiões do país.
Em um dos comunicados, identificado como “comunicado geral”, o PCC declara: “chegou ao fim nossa aliança e qualquer compromisso com o Comando Vermelho”. Em resposta, o CV também divulgou uma circular intitulada “Ruptura de Aliança com o PCC e Reforço de Diretrizes Internas”, ratificando o rompimento e ordenando o fim de qualquer vínculo com a facção rival.
Uma das mensagens, com foco específico no estado de Santa Catarina, vai além do rompimento e escancara o retorno do confronto. O texto afirma que a guerra com o PCC está reaberta e não haverá trégua: “Não vamos aceitar nenhum integrante do PCC no nosso solo sagrado e iremos eliminar todos que descobrirmos dentro do estado. A guerra é sem fim até a última gota de sangue”.
O avanço da disputa entre as facções reacende o alerta das autoridades de segurança pública e pode provocar uma nova escalada de violência nos presídios e comunidades dominadas pelos grupos criminosos.
*Portal Metropolitano