Lumar Costa da Silva, de 34 anos, que matou e arrancou o coração de sua tia, em 2019, recebeu alta médica e foi liberado nesta quarta-feira (24/06) do Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde Adauto Botelho, em Cuiabá.
Ele deverá cumprir medidas de segurança com acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), em Campinas, interior de São Paulo. De acordo com o juiz que assinou a decisão, Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, laudos médicos atestam a “estabilidade clínica do paciente” e não indicam a necessidade de cuidados em regime de internação.
Lumar, porém, deverá ficar sob tratamento ambulatorial intensivo contínuo. Ele dever ser supervisionado por um responsável legal e acompanhado por uma equipe multiprofissional. Ele não poderá sair da cidade sem autorização da justiça, está proibido de frequentar locais de prostituição e jogos, e não poderá ingerir bebida alcoólica e outras drogas.
Em 2020, laudos psiquiátricos atestaram que o homem tem transtorno afetivo bipolar e não possui condições de viver em sociedade. Um dos exames realizados na época constatou comprometimento do juízo, da crítica e do autocontrole, impulsividade e agressividade.
Lumar disse usar substâncias psicoativas como o LSD. A droga pode agravar o quadro clínico e aumentar a probabilidade de cometer crimes violentos. Por causa do diagnóstico, o homem foi absolvido em junho de 2022, mas deveria ficar internado em hospital e ser submetido a tratamento psiquiátrico por tempo indeterminado, pois representava perigo a si próprio e à sociedade.
Lumar matou sua tia, Maria Zélia da Silva, de 55 anos, a facadas em julho de 2019, em Sorriso (MT). Em seguida, ele abriu o peito da vítima, tirou o coração e o entregou à filha dela. Ele havia chegado a Campinas quatro dias antes, depois de tentar matar a própria mãe.
A tia havia recebido Lumar em casa, mas arranjou uma quitinete para ele morar quando descobriu que ele estava usando drogas dentro da casa dela.
*Informações do portal UOL