O proprietário de uma academia, localizada no setor Bela Vista, em Niquelândia, publicou em sua página oficial de seu estabelecimento de atividades físicas, uma nota de repudio ao fato ocorrido na manhã desta sexta-feira, 16 de abril, quando uma idosa de aproximadamente 69 anos atirou num equipamento de climatização da academia.
Era por volta das 7:30 da manhã, quando a Polícia Militar foi acionada para comparecer na rua Francisco Adelmo Leal, para atender o ocorrido. Também foi acionado o atendimento do Corpo de Bombeiros da cidade, uma vez que a atiradora apresentava sinais de distúrbios psíquicos e precisou ser atendida pela unidade, mas recusou o atendimento e foi levada pela família até o hospital.
No local dos fatos, os policiais foram informados pelo dono da academia, que o seu funcionário havia ligado informando sobre os fatos. Ao chegar na academia, o proprietário percebeu que o ar condicionado que fica no mezanino da academia havia sido atingido por um tiro. Neste momento saiu a idosa muito nervosa e gritando. Após as informações repassadas aos militares, eles foram até a residência da idosa para procurar a arma, mas a mesma não foi localizada.
Os policiais encontraram apenas o coldre da referida arma dentro do cesto de lixo do banheiro, e um projetil deflagrado, calibre 38, dentro do lote da residência. Vale ressaltar que ninguém ficou ferido neste ocorrido, e as informações de que a mulher havia entrado para o interior da academia e feito diversos disparos, como foi falado por algumas pessoas após os fatos não procede. A mulher atirou no ar condicionado de dentro do seu lote, que faz divisa com a academia.
Essa não é a primeira vez que que acontece um desentendimento entre a mulher e o dono da academia. O problema entre eles vem desde que a academia foi inaugurada naquele endereço, e já rendeu um procedimento judicial que corre às barras dos tribunais. Inclusive, uma ordem do Ministério Público ordenou que a academia fosse fechada, após a idosa entrar com uma ação contra do dono do estabelecimento, alegando que o ar condicionado que faz a climatização do local a incomodava.
Ao recorrer da decisão judicial, o dono da academia conseguiu em Goiânia, através do Tribunal de Justiça de Goiás, a liberação para reabrir o local, desde que o ar ficasse desligado. Desde então, mesmo com o ar desligado, o clima entre a idosa e a academia não ficou legal. No dia 11 do corrente mês, ela acionou a Polícia Militar, alegando que o ar estava ligado desde a madrugada e a incomodava pelo barulho. O dono do estabelecimento alega que, devido uma possível queda de energia, ao ser reestabelecido a eletricidade, o ar veio a ligar sozinho.
Os advogados de ambas as partes tentam uma solução para que o problema seja resolvido. O defensor da academia aponta que seu cliente está disposto a substituir o equipamento por um menor, que não vai causar tanto transtorno à idosa, mais o defensor da mesma protesta, querendo que o equipamento seja retirado por completo do local e seja instalado em outro local, longe da parede da idosa.
Como os policiais militares não localizou a arma de fogo, usada pela idosa para atirar no ar condicionado, os demais objetos apreendidos (coldre e capsula) foram levados para a delegacia, local de onde deve ser instaurado o inquérito para apurar os fatos. E como a idosa não estava em condições normais para ser levada até a presença do delegado, ela deve comparecer posteriormente para responder os fatos.
Ela deve apresentar a arma usada para atirar, e também deve responder pelo porte ilegal de arma de fogo e disparo de tiro irregular. Até o momento da publicação dessa edição, não havia informações se a mesma já havia entregado a arma à polícia.
Contudo, e devido algumas desinformações que foram publicadas na manhã do ocorrido, o dono da academia publicou uma nota de repúdio referente aos fatos. A academia segue com seu horário normal de funcionamento e atendendo seu público normalmente. Confira o que diz a nota, através da foto da publicação.