Desde o dia do seu desaparecimento, que aconteceu por volta das 10:00 horas de domingo, 03 de janeiro de 2021, que a Polícia Civil de Niquelândia buscava por informações que pudesse esclarecer os fatos ocorridos em uma fazenda na região do Rio do Peixe, neste município. O Delegado Roni Loureiro, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), responsável pelas investigações, de pronto iniciou o levantamento de evidências que pudessem elucidar o desaparecimento, que era cheio de mistérios.
Como se sabe, Romilda de Fátima Santana, de 72 anos, saiu para fazer caminhada, e ao retornar pegou um atalho para chegar na casa onde estava, mas acabou desaparecendo. No período da tarde, equipes do Corpo de Bombeiros de Niquelândia iniciaram as buscas, mas ela não foi encontrada. Mesmo usando de equipamentos evoluídos, como helicópteros, drones, cães farejadores e outros meios, nenhuma pista que pudesse levar até o seu paradeiro foi encontrada. Após dez dias, as buscas foram sessadas, sem que a mesma fosse encontrada.
No dia 06 de março, o GIH foi acionado por moradores da região, que relataram terem encontrado uma ossada humana, que estava nas proximidades da Fazenda Mestiço. Acionando a Polícia Científica, os restos mortais foram encaminhados para analises cadavérica e o caso novamente foi ativado para que fosse concluído. O que chamou a atenção para que a ossada fosse de Romilda de Fátima, foi o fato das mesmas roupas que ela usava no dia em que desapareceu ter sido encontrada no local, junto aos ossos.
Nesta semana, o laudo da Polícia Antropológica de Goiânia, responsável pela realização da perícia, apontou que a mesma não sofreu nenhum tipo de ferimento que pudesse evidenciar um crime. Sendo descartado um possível homicídio contra aquela senhora. Tudo indica, de acordo com o laudo pericial, foi que a idosa morreu por desidratação, ou qualquer outra forma, devido estar perdida em um lugar de mata, sem comer ou beber algo que viesse lhe manter viva. Com os dias sem se alimentar ela veio a óbito naquela local.
De acordo com o Roni Loureiro, como não houve evidências que apontasse crime, o Poder Judiciário seria comunicado sobre a conclusão do inquérito investigativo que foi instaurado para apurar o desaparecimento e a morte de Romilda, e ao órgão seria pedido o arquivamento do caso. Segundo informações levantadas pela redação do Plantão de Notícias, a ossada já foi liberada à família para que a mesma pudesse realizar o sepultamento da idosa.
Foto de Romilda de Fátima Santana no dia em que desapareceu e dos Agentes de Polícia Civil no momento em que encontraram as ossadas que foram comprovadas serem da idosa. Ela estava em um local de mata, próximo às margens do Rio do Peixe e há cerca de 6 quilômetros da casa onde ela saiu para fazer caminhada. Esse local fica aproximadamente 2 quilômetros da rodovia GO-237, que liga o perímetro urbano da cidade, ao povoado de Muquém, na zona rural de Niquelândia.