A goiana Sarah Aguiar Monteiro Borges acaba de se formar em Psicologia como bolsista da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. E não basta conquistar o diploma de uma das instituições de ensino mais prestigiadas do mundo: ela ainda foi a primeira brasileira a ganhar o Sophia Freund Prize, prêmio reservado a quem tira as notas mais altas da turma e conclui o curso summa cum laude. Mas a inteligência é de família, pois a irmã gêmea dela, a médica Sophia Borges, também ingressou na universidade americana para fazer um PhD.
Quem revela a história das irmãs é o professor de Física Xerxes Lima, que deu aula para elas no Colégio Simbios, em Goiânia, de 2017 a 2019. Segundo ele, elas chegaram na escola para fazer o primeiro ano do ensino médio e conseguiram uma bolsa como alunas destaque ao fim daquele período. Sarah, que fez a graduação em Harvard, participou do Simbios-Inspira Counseling, um programa da unidade de ensino que ajuda estudantes no processo seletivo para estudar fora do País.
Sarah, inclusive, começou a fazer medicina na Universidade de São Paulo (USP) – mesma instituição em que a irmã Sophia fez o curso -, em 2020, mesmo ano em que foi chamada para estudar com bolsa em Harvard e decidiu pela psicologia. “Elas sempre estudaram juntas. Quietinhas, mas comunicativas com os núcleos de amigos. Os boletins eram dez de cima a baixo”, revela o professor.
Sarah já está no Brasil. Ela conseguiu a média geral mais alta entre os 1.960 formandos de 94 países que integraram a turma de 2025 da instituição dos Estados Unidos. Já a irmã concluiu medicina e foi formada da USP para Harvard no ano passado para o PhD. Para auxiliar na permanência nos EUA, ela faz uma vaquinha online pelo https://www.vakinha.com.br/4946477. “Sempre foram excepcionais e sabiam do potencial. Era muito natural para elas, pois foi construído com o tempo, com esforço diário.”
Contato
Xerxes revela que manteve contato com Sophia após o ensino médio, pois, em 2020, durante a pandemia, eles participaram juntos de um projeto de aulas online para a população mais carente. “Então, ficou essa ponte.” Quando soube da formatura de Sarah, ainda antes dela receber a honraria, o professor divulgou o quanto pode nas redes – com a história chegando, inclusive, ao apresentador Luciano Huck.
Ele cita, também, que Sarah fez parte da Associação Harvard para o Cultivo da Democracia Interamericana (HACIA Democracia), que ajudou a trazer 450 alunos de dez países latino-americanos para estudar no Brasil, “que também é referência”. Além disso, foi vice-presidente de uma conferência, nos Estados, que ajudou a levar pesquisadores brasileiros com projetos em destaque para a Harvard e MIT para apresentações. “Para conseguir financiamento. Ela abriu as portas.”
*Portal Mais Goiás