A prefeitura de Pilar de Goiás foi alvo da operação ‘Tarja Branca’ na última quarta-feira (9), por suspeita de fraudes em processos licitatórios e superfaturamento nos contratos na compra de medicamentos.
De acordo com a Polícia Civil, entre os principais investigados estão um ex-secretário municipal de Saúde e um tesoureiro. Ao todo, nove mandados foram cumpridos em cinco cidades goianas. Também estão na lista gestores públicos e empresários suspeitos de envolvimento com o esquema.
As investigações apontaram que a prefeitura teria adquirido, por meio de dispensa de licitação, uma quantidade de medicamentos superior à demanda da população local. De acordo com delegado adjunto Rodrigo Godinho, responsável pela investigação, o grupo teria apresentado sinais de enriquecimento incompatível com a renda declarada.
Além de emitir notas fiscais superfaturadas, o esquema também envolvia usar terceiros como “laranjas” e não realizar a entregar de parte dos medicamentos que foram comprados com verbas do Fundo Municipal de Saúde.
As ordens judiciais se baseiam em indícios de fraude em licitações, falsidade ideológica, desvio de recursos e organização criminosa. Durante as buscas os policiais apreenderam documentos, computadores e outros materiais que agora passam por perícia.
As investigações continuam e os agentes não descartam que novas diligências sejam efetuadas. Em nota a prefeitura de Pilar disse acompanhar com cautela as investigações e aguarda os desdobramentos para se manifestar sobre o caso.
Os nomes dos suspeitos não foram mencionados, e suas defesas não foram localizadas. O espaço permanece aberto para manifestações.
Leia nota da prefeitura de Pilar de Goiás na íntegra:
“A Prefeitura Municipal de Pilar de Goiás informa que acompanha com cautela a operação realizada pela Polícia Civil na data de hoje nesta municipalidade.
A Administração Municipal reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a ética na gestão pública, e aguardará a tramitação dos procedimentos legais para, oportunamente, se manifestar de forma técnica e nos autos do processo”.
*Portal Mais Goiás