Com a morte de Lázaro Barbosa nesta segunda-feira, 28, os motivos que o levaram a matar uma família em Ceilândia (DF) em 9 de junho correm o risco de permanecer ocultos.
Lázaro é o principal suspeito de matar o empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e a esposa de Cláudio, Cleonice Marques, 43. A mulher foi encontrada morta em um córrego da região de Sol Nascente (DF), no dia 11.
Depois de dar a notícia de que Lázaro havia sido abatido, o secretário de Segurança Pública (SSP), Rodney Miranda, disse em entrevista coletiva que a investigação continua porque há indícios de que o assassino abatido fazia parte de uma organização criminosa.
O empresário e chacareiro Elmi Caetano, preso no último 24 por suspeita de auxiliar Lázaro, seria o líder da organização. “Ainda temos algumas pessoas para investigar e prender”, disse Rodney. A polícia trabalha com múltiplas linhas de investigação.
Em uma delas, tenta-se descobrir se Elmi tem relação com a morte da família em Ceilândia. “Policiais investigam se Lázaro teve parceiros não só nos assassinatos de Ceilândia, mas em outros sete ou oito crimes imputados a ele”, afirma o secretário.
Em outra linha de investigação, a polícia investiga se o grupo do qual Lázaro fazia parte tinha interesse em promover uma onda de crimes que desvalorizassem imóveis da região. “Uma outra linha é que ele [Lázaro] atuava como jagunço de algumas pessoas, outra como segurança”, diz Rodney.
Com Lázaro, a polícia encontrou cerca de R$ 4,5 mil em espécie. Para Rodney, este é mais um indicativo de que ele recebia ajuda de uma organização criminosa. “Ele trocou de roupa mais de uma vez, mais uma prova que tinha quem o acobertava”. O secretário afirma que havia inclusive o interesse em facilitar a fuga do assassino – para outro estado ou outro país. Não se sabe ainda quantas pessoas fariam parte desta organização.
A Polícia Civil de Goiás assumiu a investigação e já ouviu a ex-sogra e a ex-esposa, que deram abrigo para Lázaro na noite de domingo.