A morte do papa Francisco desencadeia um protocolo que resultará na realização do conclave e na eleição de um novo papa, em cerca de duas semanas. Até lá, a missão de administrar o Vaticano caberá ao cardeal Kevin Farrell, o mesmo que transmitiu ao mundo a notícia do falecimento de Francisco.
Farrell exerce a função de camerlengo do Vaticano. A palavra camerlengo deriva do latim medieval camarlingus, que significa “funcionário da câmara do soberano”. Entre as funções dele, está a de organizar o funeral de Francisco e, em paralelo, o conclave.
O irlandês Kevin Farrell exerce essa função desde 14 de fevereiro de 2019, quando foi nomeado por Francisco. No período em que o papa precisou de afastar para cuidar de uma severa pneumonia bilateral, no Hospital Gemelli, o camerlengo assumiu os encargos administrativos do Vaticano – um lapso temporal entre fevereiro e março de 2025.
Com a morte do papa Francisco, a Igreja Católica entra oficialmente no período conhecido como Sé Vacante, uma fase de transição marcada pela ausência de um líder e pela preparação para o Conclave que definirá o próximo pontífice.
O Papa Francisco morreu nesta segunda (21), aos 88 anos, após 12 anos de pontificado. E de certa forma, foi ele próprio o responsável, por ditar os rumos do seu funeral. Em abril de 2024, o papa aprovou as diretrizes que definem o protocolo para as cerimônias fúnebres de um pontífice, publicadas oficialmente em novembro do mesmo ano.
As regras, além de modernizarem parte dos ritos, reforçam o perfil mais simples que Francisco adotou ao longo de sua trajetória. A primeira ação após a morte é a confirmação oficial do óbito.
Seguindo a tradição, o camerlengo chamará o papa pelo nome três vezes. Diante da ausência de resposta, o falecimento será declarado. A antiga prática de usar um pequeno martelo de prata tocando a testa do pontífice foi abandonada.
Em seguida, o “Anel do Pescador”, símbolo do governo papal, é removido e destruído, marcando formalmente o fim do pontificado.
*Portal Mais Goiás