Temendo um possível assassinato, o aiatolá Ali Khamenei , líder supremo do Irã , está se comunicando com seus comandantes apenas por meio de um assessor de confiança e suspendeu o uso de meios eletrônicos para dificultar sua localização.
A informação foi revelada por três autoridades iranianas com conhecimento dos planos de emergência em curso e divulgada neste sábado, 21, pelo The New York Times .
Segundo o jornal norte-americano, refugiado em um bunker, Khamenei já nomeou substitutos em diferentes níveis da cadeia de comando militar, em caso de novas baixas entre seus principais auxiliares.
Além disso, e, de forma inédita, indicou três clérigos como possíveis sucessores ao cargo de líder supremo, caso seja morto. A autoridade máxima do Irã não é seu presidente, Masoud Pezeshkian, mas sim Khamenei, que ocupa o cargo desde 1989.
Khamenei, um veterano da guerra contra o Iraque (1980-1988), não viaja ao exterior desde que assumiu o cargo há 36 anos e, em 1981, sobreviveu a uma tentativa de assassinato que deixou seu braço direito paralisado.
Ali Khamenei enfrentou uma infinidade de momentos críticos à frente da República Islâmica, mas o conflito aberto com Israel representa sua prova mais difícil, pois ameaça tanto o sistema político que ele dirige quanto sua integridade física.
As medidas emergenciais foram adotadas após Israel lançar uma série de ataques-surpresa contra o Irã na última sexta-feira. Segundo fontes iranianas, essa ofensiva é a mais intensa desde a guerra entre Irã e Iraque, nos anos 1980.
Teerã tem sido o principal alvo, sofrendo em poucos dias mais danos do que durante todo o conflito contra Saddam Hussein. Em resposta, o Irã reorganizou rapidamente suas forças e passou a lançar ataques diários contra alvos israelenses, incluindo um hospital, uma refinaria em Haifa, prédios religiosos e residências.
*Portal CNN News