O Tenente-Coronel Edson Luis Sousa Melo Rocha, conhecido como Edson Raiado – comandante do 16º Comando Regional de Trindade – publicou em seu Instagram, um vídeo em que jornalistas fazem gesto com a mão durante cerimônia de formatura, e questiona: E agora, vocês são nazistas?
A publicação aconteceu após vários sites de notícias publicarem um vídeo do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de São José do Rio Preto (São Paulo) em que policiais militares aparecem com os braços estendidos, num gesto semelhante à saudação utilizada por nazistas.
As imagens, que foram apagadas após repercussão negativa, mostram ainda uma trilha de velas e uma cruz em chamas, o mesmo símbolo antes adotado em celebrações do grupo supremacista Ku Klux Klan.
Integrantes da corporação afirmaram que a cerimônia exibida no vídeo tinha como objetivo representar simbolicamente a superação dos limites físicos e psicológicos enfrentados, mas que em nenhum momento houve intenção de associar a ideologias políticas, raciais ou religiosas.
As imagens foram amplamente publicadas em praticamente todos os portais de notícias do país. Diante da repercusão dos fatos, os Tenente-Coronel Edson fez a publicação e escreveu:
“Aos jornalistas militantes e hipócritas! Engraçado como funciona a seletividade ideológica da mídia. Quando um batalhão de elite da Polícia Militar realiza uma cerimônia de iniciação, com símbolos da tropa, fumaça e o braço erguido em sinal de juramento e honra, logo vem o carimbo: “apologia ao nazismo”.
Mas quando jornalistas, durante suas formaturas, levantam o braço estendido com a mão aberta, em juramento diante da bandeira, aí não é nazismo. É “tradição”. É “emoção”. É “compromisso com a verdade”.
Dois pesos, duas medidas.
Formandos de Direito, Medicina, Engenharia, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, colégios civis e militares… todos fazem o mesmo gesto. É um símbolo ancestral de lealdade e compromisso, usado desde o Império Romano. Muito antes de qualquer ideologia nefasta existir.
Mas quando são policiais, que juram proteger a sociedade — inclusive vocês, críticos de plantão —, aí a narrativa muda. A lupa ideológica entra em ação. A hipocrisia escorre pela tela. Senhores jornalistas, guardem seu falso moralismo. Aqui não é palco de militância — aqui é linha de frente.
Juramos com o braço erguido não por vaidade, mas por honra. E fazemos isso com coragem, enquanto vocês se escondem atrás de manchetes tendenciosas. E agora vcs são Naz/stas?”, disse Raiado em sua publicação na rede social.
A publicação de Raiado teve vários comentários, e a maioria as pessoas concordam com o policial. Em toda formatura, seja para qual for o seguimento, o gesto é o mesmo. Porém não se trata de uma saudação nazista, mas sim, uma tradição sem apoligia a nem regime.