O julgamento dos sete policiais militares acusados de envolvimento na ‘chacina da Chapada’, marcado para esta quarta-feira (25), foi adiado para 19 de agosto. O júri, previsto para começar às 9h no Fórum Criminal de Goiânia, foi remarcado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) devido à ausência do advogado dos réus.
Os sete réus os sargentos Aguimar Prado de Morais e Mivaldo José Toledo, o cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos e os soldados Luís César Mascarenhas Rodrigues, Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida, Welborney Kristiano Lopes dos Santos e Eustáquio Henrique do Nascimento vão a júri popular, conforme determinado pela Justiça. Eles respondem por homicídio qualificado e fraude processual.
Inicialmente, o julgamento seria realizado em Cavalcante, município da Chapada dos Veadeiros, onde os crimes ocorreram. No entanto, por decisão judicial, o processo foi transferido para Goiânia com o objetivo de garantir a imparcialidade dos jurados, diante da forte comoção gerada na comunidade local.
O caso
A chacina aconteceu em janeiro de 2022 e deixou quatro mortos: Alan Pereira Soares, Ozanir Batista da Silva (conhecido como Jacaré), Salviano Souza Conceição e Antônio da Cunha dos Santos (o Chico Kalunga). As vítimas eram moradoras da região e conhecidas da comunidade local.
Segundo o Ministério Público, os policiais executaram as vítimas com 58 disparos de arma de fogo, a maioria de fuzil. A investigação descartou a possibilidade de confronto: laudos periciais indicaram que as armas supostamente apreendidas com os mortos não apresentavam vestígios de disparos. Também não foram encontradas cápsulas compatíveis com tiros vindos das vítimas.
Ainda de acordo com a denúncia, a versão apresentada pelos militares na época foi de que o local da ocorrência era usado para plantio de drogas. Contudo, os próprios laudos técnicos apontaram a existência de apenas quatro pés de cannabis, que foram queimados pelos policiais antes da chegada da perícia.
Os sete militares estavam em uma operação do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) da Polícia Militar e não sofreram nenhum ferimento durante a ação. Outras informações estão aqui.
*Informações do Mais Goiás