Um crime de feminicídio foi registrado pelas autoridades da cidade de Niquelândia na manhã deste sábado, 14 de junho de 2025, quando uma mulher de 28 anos foi assassinada com dois golpes de arma branca durante uma discussão entre o casal.
De acordo com as informações apuradas pela redação do Plantão de Notícias, a mulher é natural de Porangatu, porém, residente em Niquelândia, onde morava com os três filhos, os quais presenciaram a discussão e a agressão com a arma branca que a mãe sofreu e precisou ser hospitalizada, não resistindo aos ferimentos e morrendo.
Constatado o óbito no pronto socorro do Hospital Municipal de Niquelândia, o corpo de Amabhia Chinagria Pereira da Silva foi liberado para a Polícia Científica, que estaria em deslocamento para fazer o recolhimento e o encaminhamento do corpo para o Instituto Médico Legal (IML) de Uruaçu para análises cadavéricas.
A ocorrência encontra em andamento, e por esse motivo nossa redação não teve acesso ao relatório policial acerca dos fatos. Amabhia, que trabalha vendendo doces e quitandas na cidade, havia decidido por fim no relacionamento após ter sido ameaçada de morte.
Consta nos relatórios da Polícia Militar de Niquelândia, que Amabhia tinha em seu favor uma medida protetiva de urgência e era assistida pela equipe da Patrulha Maria da Penha. No dia 8 de março de 2025, Amabhia ligou para a Polícia Militar relatando que havia sido agredida pelo companheiro em sua casa.
Os policiais militares deslocaram para o endereço, mas o autor já havia evadido. Eles encaminharam Amabhia para o hospital municipal, e em seguida para a delegacia, onde solicitou a medida protetiva contra o autor das agressões. No dia 12, o Juiz deferiu a medida protetiva, a qual proibia G.M.P deveria seguir algumas normas.
Ele deveria permanecer a uma distância mínima de 200 metros de Amabhia, seus familiares e testemunhas. Ele também não podia tentar qualquer tipo de aproximação, além de não poder entrar em contato com eles por qualquer meio de comunicação.
E ainda deveria afastar-se do lar, domicílio ou local onde a vítima vivia. Estando também, proibido de frequentar o local onde a mulher trabalhava ou sua residência, com base nos termos do Artigo 22 da Lei 11.340/2006.
No dia 13 de março, a equipe da Patrulha Maria da Penha, durante acompanhamento da medida realizou uma visita para a vítima, que não estava em casa. Uma vizinha relatou ter visto o agressor saindo da casa pela manhã, dizendo ainda que as agressões de G.M.P contra Amabhia eram constantes.
Ainda conforme o relatório policial, posteriormente Chinagria entrou em contato com os policiais informando ter requerido a revogação da medida protetiva junto ao Poder Judiciário. No dia 20 do mesmo mês, a equipe deslocou até a casa da vítima, que apresentou o documento de desistência da medida protetiva.
Os policiais retornaram outras vezes na residência em que Amabhia morava com o companheiro, e ela relatou que estava tendo boa conivência com ele. No entanto, nessa manhã de sábado, 14 de junho, durante um novo desentendimento, ela foi esfaqueada e morta por G.M.P, que está sendo procurado pela polícia.