A Polícia Civil de Goiás concluiu o inquérito e pediu arquivamento sobre a morte de Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, ocorrida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Morrinhos, no dia 18 de fevereiro.
O paciente, que estava internado há cerca de três dias, sofreu um surto, fez uma técnica de enfermagem refém e foi morto a tiros por um policial militar durante a ação de resgate. A família contestou a atuação e a versão apresentada pela Polícia Militar.
O delegado responsável pelo caso decidiu pedir o arquivamento do inquérito por considerar que o policial agiu em legítima defesa para garantir a segurança e integridade física da refém. Em seu relatório, o delegado destaca que a técnica de enfermagem corria risco de morte iminente e que a ação do policial foi a única forma de evitar uma tragédia.
A equipe da PM não estava equipada com arma de choque, que poderia ter sido usada para conter a situação sem propriedades letais.
Pedido de arquivamento será analisado pelo MP
O inquérito foi encaminhado para a 2ª Promotoria de Justiça de Morrinhos, que tem um prazo de 15 dias para decidir se oferece ou não denúncia contra o policial militar. Caso a promotoria concorde com o pedido de arquivamento, o caso será encerrado.
O Mais Goiás entrou em contato com o filho da vítima para saber o posicionamento da família, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.
Armas de choque para a PM
Após a morte do paciente, o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Marcelo Granja afirmou que até abril todas as viaturas que estiverem de serviço nas ruas de Goiás contarão com um Dispositivo Eletrônico de Controle (CEC).
“Hoje todas as unidades já possuem esse dispositivo, mas, no caso de Morrinhos, a primeira equipe que chegou no local da crise não tinha, e, infelizmente, a situação evoluiu muito rápido, e nosso policial teve que agir com a arma letal, já que a pistola de choque estava a caminho. Posso garantir, porém, que isso vai mudar dentro de alguns dias”, destacou o coronel na época.
*Portal Mais Goiás